segunda-feira, 16 de maio de 2011

Empresa banca o "detetive" no recrutamento


É bem provável que seu próximo chefe cheque seus antecedentes criminais, teste suas verdades e mentiras, investigue seu passado financeiro, vigie suas escolhas ou até meça sua predisposição para atos ilícitos. E, se puder, pesquisará sem pudor o seu material genético para descobrir, antes mesmo de você, qual doença tem mais chances de torná-lo improdutivo.

A sina de detetive tem tomado o departamento de recursos humanos das grandes companhias sob o argumento de selecionar o funcionário ideal entre tantos candidatos. Um exemplo desse método veio à tona no último dia 26, quando uma ex-funcionária de uma firma de aviação ganhou o direito a ser indenizada por danos morais por ter sido submetida a um detector de mentiras.

Mas a invasão da privacidade do funcionário não é novidade: há até poucos anos era possível encontrar empresas que questionavam a opção sexual, política ou religiosa do candidato ou que recorriam a testes de gravidez ou de drogas para determinar se ele estava apto à contratação.

"As empresas estão buscando diminuir o risco de uma seleção ruim ao tomar cuidados que vão desde o levantamento de informações na Serasa [e em outros sistemas de proteção ao crédito] até a visita a sua casa para constatar fatos que pesem a favor ou contra a sua contratação. Provas diversas dão um conhecimento multidimensional do candidato", defende Márcio Zenker, professor do Insadi (Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual).

O que deve estar em jogo, para Zenker, é "a verdadeira intenção dos "investigadores" de recursos humanos, mais que seus discursos sobre a necessidade de informações para tomar decisão".

Limiar ético e direitos


Quando o privado torna-se público, a ética dá lugar à segurança e a privacidade torna-se uma ferramenta de seleção. Mas, até onde a empresa pode chegar para recrutar o melhor candidato?

A pergunta não é das mais fáceis, se levado em conta o conjunto de leis que regem os direitos do empregado. "Não existe uma lei trabalhista específica para esses casos", orienta o especialista em direito empresarial Alvaro Trevisioli, da Trevisioli Advogados.

É o caso de um método invasivo que, se depender do modismo norte-americano, tende a tornar-se uma prática também no Brasil: o exame de DNA para mapeamento de futuros problemas de saúde. Por meio do rastreamento do material genético do trabalhador, é possível avaliar, por exemplo, quais são as doenças que ele pode desenvolver no futuro.

Há um mês, uma multinacional americana divulgou que adotara uma nova política de privacidade para as informações genéticas de seus empregados, comprometendo-se formalmente a não usar esses dados para contratação, benefícios ou planos de saúde.

Prevendo esse cenário, os Estados Unidos e a União Européia debatem regras específicas sobre proteção de dados do trabalhador, com destaque ao DNA. Por aqui, sem legislação que proíba o uso e com o procedimento mais barato a cada dia, avalia-se que a moda pode pegar em multinacionais com filiais brasileiras.

"Se é legal? Em princípio, essa ação deveria ser proibida, por fornecer informações muito pessoais. Mas há casos especialíssimos que podem precisar do teste [como para a proteção do trabalhador]", afirma o juiz de Direito Demócrito Reinaldo Filho.

Fonte: Folha de São Paulo

8 comentários:

  1. Boa tarde pessoal,

    A proposta da aula de hoje é que vocês efetuem a leitura do artigo acima e respondam as seguintes questões:

    1. O que é ético e o que não é?
    2. Esses sites são próprios para usar no
    trabalho? Que sites podemos acessar quando estamos trabalhando?
    3.Pode gerar uma
    demissão?
    4.A que comunidades podemos pertencer?

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  2. 1- ética é aquilo que é certo, o que voce deve fazer. antiético é o errado, aquilo que voce não deve fazer!!
    2- sim. e-mail, e sites da própria empresa!!
    3- sim. ex: se voce entrar em sites de relacionamento dependendo da empresa pode ser demitido! e também sites impróprios, de pornografia, é mandado embora por justa causa.
    4- vai da pessoa, comunidades que se adaptem a voce, que voce se identifique!!
    bjs: Nayara e Karol.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. 1-ético é respeitar sempre a lei. nao ético quando uma empresa pede pra fazer exame, ou pede cpf pra ver suas dividas
    2-na minha opiniao sim. podemos usar varios tipos de sites, expecificos para o trabalho.
    3-sim, mas isso só depende do do cidadao ter bom sensso do que faz.
    4-comonidades podem se prejudicar e chegar a demiçao de um empregado.

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  5. As éticas de cada empresas são sempre diferentes uma das outras.
    cada uma tem o seu jeito de aplicar a ética da empresas.
    a maioria das empresas tem algumas éticas iguais.
    Ex:Proibido o relacionamento entre os funcionarios.
    Entra em email pessoais.
    E varios outros em comum.

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  6. 1- é ético saber sobre seus funcionários, mas não de uma forma tão detalhada a ponto de recolher material genético de seus trabalhadores, para avaliar eventuais doenças.

    2- Depende se forem sites de busca, página da empresa não afeta de modo geral o trabalho, já se forem sites de relacionamento, redes sociais podem prejudicar o encaminhamento do trabalho.

    3- Sim. Depende da ética de trabalho da empresa e de seus funcionários.

    4- Devemos tomar um certo cuidado nas escolhas de comunidades nos sites de relacionamento; como por exemplo: se estivermos a procura de um emprego e adicionarmos em nossas páginas da web uma comunidade que diz assim " Odeio acordar cedo !" não teremos credibilidade com o gerente da empresa na hora da entrevista.

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  7. 1.(ético)ter respeito com as pessoas
    (não ético) xingar as pesoas não ter respeito e consequencias do que fazer
    2.nem todos :blogeger , wikipedia
    3.sim
    4.depende da comunidade

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  8. A questão é, quando as empresas vão contratar seus funcionarios... elas precisam tomar muito cuidado, para não aflingirem os direitos de seus futuros contratados. É necessario tomar cuidados com o processo de seleção... tomar as decisões corretas, fazer perguntas coerentes... porque até então, a empresa pode se tornar antí-ética... e a partir disso perdes grandes aliados.
    Quando a empresa toma atitudes coerentes,de fato ela se torna ética... A ética é o certo e o errado... mais essa questão varia para cada pessoa.
    Em relação aos sites de relacionamento, não ha bem uma regra de certo e errado...mas sim a postura do contratado, se o funcionario saber utilizar, fazer bom uso... então acredito que não há problema algum.
    As comunidades, os sites que acessamos em ambiente de trabalho, também diz respeito a nossa pessoa, eles tem muito a dizer.Como somos contratados devemos respeitar a vontade do nosso chefe, estamos ali para servi-lo... e respeitar suas opinião... e o que parece tão inofencivo pode se tornar nosso grande inimigo.

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